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FISIOTERAPIA VIVA

A Fisioterapia baseada em evidências.

Teresópolis-RJ-Brasil.

Paralisia Facial Periférica

A paralisia facial periférica ocorre quando há uma interrupção do influxo de qualquer um dos nervos faciais, ocasionando alterações motoras e sensitivas no indivíduo. Entre 62% a 93% dos casos a causa é idiopática, ou seja, desconhecida, sendo chamada de paralisia facial de Bell. A segunda causa mais comum é a traumática, dentre outras. 
Existem dois nervos faciais, um do lado direito da face e outro do lado esquerdo, e cada um tem vários ramos. O ramo principal controla a maior parte dos músculos de um dos dados da face, incluindo os músculos que controlam a expressão facial, os músculos dos lábios e os que fecham os olhos. Outros ramos mais pequenos vão para a língua e para o ouvido.
Manifestações Clínicas
Na maior parte dos casos, as manifestações da paralisia de Bell começam gradualmente e atingem um pico em 48 horas. Os sintomas precoces incluem uma alteração da sensibilidade numa porção da face, dor no ouvido ou em volta deste, aumento da audição e alterações no paladar. À medida que esta situação progride, o doente apresenta tipicamente dificuldade em fechar um dos olhos e nos movimentos dos lábios e pode queixar-se de não ser capaz de manter os alimentos na boca. O doente repara que um dos lados da face não mexe e que há uma assimetria da face. Os olhos podem lacrimejar menos do que o habitual.

Diagnóstico
Os médicos geralmente diagnosticam a paralisia de Bell com base no exame físico. O médico irá avaliar a força dos músculos da face, pedindo ao doente para fechar os olhos, para enrugar a testa, para sorrir e para assobiar, para verificar se existe uma diferença entre os dois lados da face. O médico irá perguntar ao doente se notou o aparecimento de quaisquer sintomas de entorpecimento ou de fraqueza noutras partes do corpo ou dificuldade na marcha. Estas manifestações não se encontram presentes em caso de paralisia de Bell mas podem surgir em associação com outras causas de paralisia facial.
O médico irá procurar uma erupção cutânea semelhante à da zona (com vesículas) na face e no ouvido. Se o doente tiver uma erupção cutânea deste tipo, especialmente se for dolorosa, o diagnóstico mais provável é síndrome de Ramsay-Hunt, causada pela reativação do vírus herpes zoster.
Se não existirem outras manifestações e o único problema for uma fraqueza nos músculos faciais, o médico pode diagnosticar uma paralisia de Bell sem precisar de realizar exames adicionais. Pode ser pedido um doseamento de açúcar no sangue (glicemia) se o indivíduo não tiver feito essa análise recentemente uma vez que as pessoas com diabetes têm um maior risco de sofrer de paralisia facial. Em determinadas situações, também pode ser realizada uma análise de sangue para excluir a doença de Lyme, sobretudo quando à paralisia facial se associam outras manifestações. 

Tratamento
Se as manifestações forem ligeiras, pode não ser necessário tratamento. Mais frequentemente, as pessoas com paralisia de Bell são medicadas com prednisolona, um corticoide, para reduzir a inflamação e o edema no nervo e para diminuir a dor. Alguns médicos prescrevem uma combinação de prednisolona e de um medicamento contra o vírus herpes tomado por via oral, como o aciclovir ou o valaciclovir. Estes medicamentos são geralmente tomados durante 10 a 14 dias.
Se a paralisia de Bell estiver a afetar a capacidade para o doente fechar os olhos, a córnea pode ficar seca e susceptível a lesões traumáticas. Para prevenir esta complicação, o doente deve proteger os seus olhos do vento e da poeira usando óculos e deve tapar o olho durante a noite com um tampão feito de gaze. Além disso, deve manter os olhos úmidos através da utilização de lágrimas artificiais aplicadas frequentemente durante o dia e lubrificando os olhos durante a noite com uma pomada oftálmica, lembrando que todo e qualquer medicamento deve ser prescrito por um médico.
Outras causas de paralisia facial têm um tratamento diferente. Em caso de síndrome de Ramsay-Hunt, é necessário instituir tratamento com uma dose mais elevada de aciclovir ou de valaciclovir. A paralisia facial relacionada com a doença de Lyme é tratada com antibióticos activos contra a bactéria que causa esta doença.
Logo após o diagnóstico médico deve ser dado início ao tratamento, que requer acompanhamento médico, fonoaudiológico e fisioterapêutico. A fisioterapia vem a contribuir com a recuperação motora e sensitiva desses pacientes. Dentre os recursos utilizados encontra-se: a cinesioterapia, através de exercícios de treinamento neuromusculares da mímica facial, a termoterapia com gelo (crioterapia), as massagens, a eletroterapia com uso de laser, de eletroestimulação transcutânea e as orientações. O biofeedback por eletromiografia de superfície também pode ser utilizado. 
Na paralisia facial de Bell é comum uma piora do quadro nas primeiras 48 horas, mas a maioria dos pacientes se recupera dentro de algumas semanas. No entanto, dependendo do tipo de lesão, a recuperação total do nervo facial pode durar de 15 dias até quatro anos.  
Acima de 50% das pessoas tem recuperação total ou satisfatória. Porém, em alguns casos podem restar sequelas residuais. O resultado depende de alguns fatores como o tempo que o paciente levou para iniciar tratamento, a presença de doenças associadas como hipertensão e diabetes e a causa da paralisia. A melhora é menos satisfatória em paralisias completas que em incompletas, em pacientes com dor retro-auricular e em pacientes idosos. Aproximadamente 23% das pessoas com paralisia facial idiopática permanecem com alguns sintomas e sinais, que podem ser classificados como moderados ou graves, como melhora motora parcial, síndrome de lágrimas de crocodilo, contratura ou sincinesia. 
Independente do tipo de paralisia, a fisioterapia terá como objetivo restabelecer a função, com o retorno da mímica facial e diminuição da alteração de sensibilidade, evitando o aparecimento dessas sequelas e devolvendo o bem-estar físico e emocional do paciente. 

Será benéfica ou não a utilização do gelo após lesão aguda? Evidência científica .

Será benéfica ou não a utilização do gelo após lesão aguda? Evidência científica



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    Foi já em 1978 que o médico Gabe Mirkinn estabeleceu o termo RICE (Rest, Ice, Compression & Elevation) que rapidamente se tornou como um tratamento gold standard entre o profissionais de saúde como intervenção após lesão. No entanto, nos dias de hoje, o mesmo Gabe Mirkin já não partilha da mesma opinião, apontando para a falta de evidência na crioterapia.

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    Nichan “Nick” Zourikian, um fisioterapeuta do Hospital Universitário de Sainte-Justine (Quebec) tem feito várias publicações sobre este tema, das quais o próprio resumo como:

    "There clearly exists a dogmatic polarization on the use of ice in our physiotherapist/athletic therapist communities! Old habits die hard. Many colleagues (even in our hemophilia community) still insist on using ice…despite the current scientific evidence available"
    "Existe claramente uma polarização dogmática no uso de gelo na comunidade fisioterapeutica/atlética! Velhos hábitos custam a ser quebrados. Muitos colegas ainda insistem em usar gelo... apesar da evidência científica disponível atualmente"

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    Em 2013 os investigadores da NATA apresentam as suas conclusões sobre a intervenção na entorse da tibiotársica, após anos de discussão crítica. A evidência reunida por estes vai desde o nível de evidência "A" ao "C", sendo que posição geral foi de um nível de evidência C (Kaminski et al., 2013). O artigo afirma "Existe forte evidencia clínica que a administração crioterapia é limitada". A evidencia mostrou que as intervenções com melhores resultados seriam; reabilitação funcional, propriocepção, equilíbrio e mobilização.

    Qual o efeito do gelo na lesão?

    O gelo tem sido usado como tratamento padrão para lesões e recuperação da dor muscular uma vez que ajuda a aliviar a dor do tecido lesionado. A prática do RICE tem sido usada há décadas, no entanto parece que o Ice e o Rest podem atrasar o processo de recuperação, em vez de o acelerarem. Num estudo recente, os atletas exercitaram numa intensidade que provocasse dano muscular severo, de forma a que causasse dor muscular prolongada. Apesar do gelo atrasar a tumefacção, não acelerou o processo de recuperação muscular (The American Journal of Sports Medicine, June 2013). Um estudo de revisão de 22 artigos científicos encontrou que não existem quase nenhuma evidência que o gelo e a compressão acelerassem o processo de recuperação quando comparado com apenas compressão, apesar de o gelo adicionado ao exercício poderá marginalmente ajudar a recuperação de entorses no tornozelo (The American Journal of Sports Medicine, January, 2004;32(1):251-261).

    A recuperação necessita da inflamação
    Quando a lesão tecidular através de trauma ou de desenvolvimento de dor muscular por exercício intensivo, a recuperação ocorre através de um processo imunitário, que utiliza os mesmo mecanismos biológicos que usam para matar germes, chamado de inflamação. Quando os germes entram no corpo, o sistema imunitário envia células e proteínas para a área infectada para destruir estes germes. Quando os músculos e outros tecidos são danificados, o sistema imunitário envia as mesmas células inflamatórias para o tecido lesionado para promover a recuperação. A resposta tanto à inflamação como à lesão tecidular é a mesma (Journal of American Academy of Orthopedic Surgeons, Vol 7, No 5, 1999).

    O gelo impede a entrada das células necessárias para a recuperação no tecido lesionado
    Aplicar gelo no tecido lesionado provoca uma constrição no vasos sanguíneos circundantes e quebra com o aporte sanguíneo que leva as células necessárias para a recuperação da inflamação (Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc, published online Feb 23, 2014). Estes vasos sanguíneos parecem não reabrir por algumas horas após a aplicação do gelo. Esta diminuição do aporte sanguíneo pode causar morte tecidular por falta de aporte sanguíneo e pode, até mesmo, causar lesões nervosas permanentes.

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    Tudo o que reduz a inflamação também atrasa a recuperação
    Qualquer tratamento que reduza a inflamação, também irá atrasar a reposta imunitária e, por conseguinte, a recuperação muscular. Assim, a recuperação poderá ser atrasada por:
    • medicação cortiscosteroide,
    • anti-inflamatórios não-esteroides, por exemplo, ibuprofeno (Pharmaceuticals, 2010;3(5)),
    • supressores imunitários, muitas vezes usados para tratar a artrite, cancro e psoríase,
    • aplicação de gelo,
    • qualquer coisa que diminuia a resposta inflamatória.
    O gelo também diminui a força, velocidade, resistência e coordenação
    O gelo é muitas vezes usado como tratamento a curto prazo para ajudar o atleta a retomar o jogo. Este arrefecimento pode ajudar a diminuir a dor, no entanto interfere com a força, velocidade, resistência e coordenação do atleta (Sports Med, Nov 28, 2011). Nesta revisão, foram incluidos 35 estudos sobre os efeitos da aplicação do gelo, em que a maioria efectuava uma aplicação de 20 minutos e reportaram que imediatamente à aplicação, ocorria uma diminuição da força, velocidade, potência e agilidade durante a corrida. Os autores recomendam que quando se utilizar o gelo para limitar a tumefacção, deve ser aplicado apenas 5 minutos, seguidos de uma aquecimento prévio ao retorno ao jogo.


    Gabe Mirkin recomenda que as pessoas que estejam lesadas parem imediatamente de fazer exercício. Se a dor é severa, se estão incapazes de se mover ou se estão desorientados ou que tenham mesmo perdas de consciência, devem ser vistos de emergência por um médico. Se possível, deve-se elevar o membro lesado para utilizar a gravidade para ajudar a minimizar a tumefacção. Se a lesão for muscular, a aplicação de uma banda de compressão poderá ajudar. Uma vez que aplicar gelo numa lesão reduz a dor, é aceitável utiliza-lo na região lesada por curtos períodos de tem imediatamente após a lesão. Poderá ser aplicado o gelo até um máximo de 10 minutos, retira-lo por 20 minutos e repetir a aplicação de 10 minutos, uma a duas vezes. Não há motivo para aplicar gelo mais de 6 horas após a lesãoFisioZone, 8 Jun 2014

  2. Dick Hartzell, autor de "Don’t Ice that Ankle Sprain", tem visto os jogadores de basebol a colocar gelo nos ombro e refere "Devia ser ilegal", "O mundo inteiro necessita de mudar a forma como trata as entorses do tornozelo e as contusões". Ele inventa então a Flexband - uma banda enorme de borracha (http://www.flexbandonline.com/) - que pode ser usada para exercícios leves de resistência ou tracção.

    Também John Paul Catanzaro (Strength Trainner - http://theelitetrainer.com/wp/) partilha a sua história que quando realizou uma entorse no tornozelo, primeiro iria colocar gelo, o que refere como uma reação automática "Algo acontece, põe gelo imediatamente". No entanto lembrou-se de algo que leu no livro do Dick Harztell, e decidiu ir contra os seus instintos e pegou numa theraband e começou a fazer mobilizações com o seu tornozelo. Na manhã seguinte nem queria acreditar com os resultados: sem dor e sem qualquer restrição de movimento; de tal forma que afirma: "A pior coisa que se pode fazer nestes casos é colocar umas muletas e descansar". Agora quando os seus clientes vêm ao seu centro desportivo com uma lesão, ele diz-lhes para ignorarem o tão conhecido RICE e recomenda: Movement, Elevation, Traction e Heat (Movimento, Elevação, Tracção e Calor).
    fonte/FisioZone, 

Hérnia de Disco

Hérnia de disco



Hérnia de disco, prolapso discal, protrusão discal, abaulamento discal, extrusão discal Mais comum do que as pessoas pensam a hérnia de disco é uma lesão que provoca rupturas ou fissuras nas camadas do disco intervertebral. Provocando dor local, em casos agudos provoca posição antálgica (desvio do tronco para aliviar a dor), dor referida para o glúteo. Dependendo da lesão do disco pode haver compressão/pinçamento de nervo e provoca dor periférica (sintomas no braço, quando a lesão é no pescoço; e sintomas na perna quando a lesão é na lombar). Os sintomas vão desde dor, a formigamento, perda de sensibilidade, queimação,perda de de força, adormecimento.


A coluna vertebral é composta por 33 vértebras: sete cervicais, doze torácicas, cinco lombares, cinco sacrais fundidas formando o osso sacro e quatro coccígeas também fundidas e formando o cóccix. Dentro delas há um canal por onde passa a medula nervosa ou medula espinhal.
Entre as vértebras cervicais, torácicas e lombares, localizam-se os discos intervertebrais, que têm o feitio de um anel constituído por tecido cartilaginoso e elástico cuja função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra e amortecer o impacto. A hérnia de disco aparece quando parte dessa estrutura sai de sua posição normal e comprime as raízes nervosas que emergem da coluna e se dirigem para o resto do corpo.
Hérnia de disco pode ser assintomática ou provocar dor de moderada e leve intensidade até dor muito forte e incapacitante


A dor ciática é o sintoma mais característico de uma hérnia de disco lombar, entretanto ela pode aparecer em qualquer situação que cause problema ao nervo ciático. 
Geralmente a ciatalgia piora quando o paciente assenta, fica em pé ou anda pois ocorre aumento da pressão sobre o disco e, consequentemente, maior deslocamento do nervo ciático. Nas situações em que ocorre elevação da pressão intra-abdominal (ao evacuar, tossir ou espirrar) há aumento da pressão da coluna vertebral sobre os discos e, consequentemente, intensificação da dor. Geralmente, ela é aliviada quando a pessoa se deita. Algumas pessoas ocasionalmente podem sentir câimbras, dormência e formigamento que irradiam até o pé.
A pressão sobre o disco varia com a posição do corpo
A pressão no disco é maior quando a pessoa está sentada e diminui quando fica em pé. É menor ainda quando o indivíduo deita.

Quando carregamos algum objeto todo o seu peso é transferido para os discos.  E a capacidade que os discos têm de absorver choques é limitada. Quando esse limite é ultrapassado os problemas começam a aparecer. De modo geral, um adulto não deveria carregar mais do que 5 kg. A vida na sociedade moderna provavelmente é a principal responsável pelos problemas na coluna.



Quadro clínico
O quadro clínico típico de uma hérnia discal inclui lombalgia inicial, que pode evoluir para lombociatalgia (em geral, após uma semana) e, finalmente, persistir como ciática pura. Mas devido às inúmeras possibilidades de apresentação de formas agudas ou crônicas, deve-se estar atento a formas atípicas de apresentação e preparado para fazer um apurado diagnóstico diferencial. Apesar de ser a principal causa de dor ciática, outras possibilidades, tais como tumores, instabilidade, infecção, devem ser afastadas. Um exame físico adequado é essencial para isso, podendo inclusive, através de cuidadosa avaliação de dermátomos e miótomos, determinar o espaço vertebral em que está localizada a hérnia.
O que é importante enfatizar é que a história natural da ciática por hérnia de disco é de resolução acentuada dos sintomas em torno de quatro a seis semanas. Por essa razão é que o tratamento inicial deve ser sempre conservador, explicando ao paciente que o processo tem um curso favorável.



Diagnóstico por imagem
A radiografia, por ser rotineira e de baixo custo, deve fazer parte da avaliação por imagem. Embora o quadro clínico possa ser claro e sugestivo de hérnia discal, não se deve esquecer da possibilidade de coexistirem outras alterações que podem ser detectadas pela radiografia. O exame ortostático e o dinâmico em flexão e extensão são complementações importantes para análise mais completa da coluna.
O exame de eleição é a ressonância magnética (RM). No Brasil ainda se insiste no uso da tomografia axial computadorizada que, apesar de ser capaz de identificar uma hérnia de disco, não se aproxima da qualidade e tampouco da sensibilidade da RM. Informações detalhadas de partes ósseas e de tecidos moles que podem ajudar não só no diagnostico correto, mas até na proposta terapêutica, fazem da RM o exame indispensável para a correta avaliação do paciente.
Na RM, a hérnia é classificada segundo sua forma. Essa descrição morfológica é a seguinte, de forma resumida. O material discal, proveniente principalmente do núcleo pulposo, está deslocado para fora dos limites intervertebrais, podendo tomar três formas diferentes: protrusão, extrusão ou sequestro.

Protrusão é quando a distância da altura da hérnia (no corte axial) é menor que a distância da base em qualquer um dos planos (Figura 1). Extrusão é quando a distância da base é menor que a altura da hérnia (Figura 2), e sequestro, quando não há continuidade entre o material herniado e o disco intervertebral(23)(Figura 3).






A protrusão pode ser focal, interpretada como protrusão focal, ou ampla e concêntrica, chamada de protrusão concêntrica (bulging em inglês, termo usado em alguns laudos) (Figura 4).


A fisioterapia para hérnia de disco é importante para a recuperação do paciente e tem como objetivos aliviar a dor, melhorar a função, fortalecer os músculos das costas e prevenir o agravamento da lesão.


O tratamento fisioterapêutico para hérnia de disco deve ser escolhido pelo fisioterapeuta tendo em conta as necessidades do paciente. Algumas técnicas que podem ser úteis são:
  • Eletroterapia recorrendo ao uso de correntes eléctricas, de calor e de ultra-som que diminuem a dor;
  • Hidroterapia pois a água evita a compressão do disco durante os exercícios fisioterapêuticos;
  • Exercícios de Pilates para aumentar a força muscular e a flexibilidade;
  • Técnicas como a reeducação postural global (RPG) para corrigir desalinhamento postural para estabilização da coluna​;
  • Dependendo da localização da hérnia de disco e da sua gravidade, pode ser necessários realizar exercícios de extensão ou de flexão do tronco, e fortalecimento dos abdominais para estabilização da coluna e maior flexibilidade.   
Os pacientes com hérnia de disco devem permanecer em repouso durante a crise, mas devem realizar curtas caminhadas regularmente, pois ela provoca uma extensão lombar e ajuda na diminuição do edema do disco e dos tecidos em seu redor. No caso do paciente não conseguir manter-se ereto, deve utilizar muletas evitando uma postura inclinada para a frente.
O fisioterapeuta deve orientar o paciente para corrigir erros de postura nas suas atividades diárias e a realizar pequenos exercícios para estabilização da coluna.

Indicação cirúrgica:



Indicações geralmente aceitas para uma intervenção cirúrgica em um paciente com hérnia de disco lombar:

Quando a cirurgia é indicada, deve ser feita o mais breve possível. As indicações geralmente aceitas para uma intervenção cirúrgica na hérnia de disco lombar são:
Pacientes sem alívio satisfatório da dor ciática através do tratamento conservador (a indicação mais comum). A maioria dos pacientes desta categoria deve ter sintomas por pelo menos um mês, deve ter feito um repouso absoluto na cama por pelo menos uma semana ou mais sem melhora, antes que o tratamento conservador seja abandonado.
Pacientes com fraqueza significativa em algum músculo da perna ou do pé devem ser operados precocemente.
Recorrência de episódios de dor lombar e ciática incapacitantes que impedem o paciente de levar uma vida normal.
“Síndrome da cauda equina”. Identificada pelo médico, esta condição requer cirurgia de urgência para evitar sequelas permanentes.

Opções de Tratamento Cirúrgico da Hérnia de Disco Lombar

Os avanços tecnológicos em equipamentos médicos tornaram a cirurgia de hérnia de disco lombar muito segura. O neurocirurgião tem equipamentos e treinamento adequados para essas intervenções. As opções incluem:
Microcirurgia 
Feita com o emprego do microscópio cirúrgico e, por ter muitas vantagens, é a primeira escolha na hérnia de disco lombar. Entre as vantagens da microcirurgia temos: incisões menores e mais precisas, sangramento menor, menor movimentação das estruturas nervosas adjacentes à hérnia. Em consequência, a recuperação é mais rápida e a hospitalização mais curta. É a modalidade em que a hérnia de disco tem cura com maior frequência.

OPÇÕES DE TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA HÉRNIA DE DISCO LOMBAR

Atualmente o tratamento cirúrgico é muito seguro.
O neurocirurgião é o médico com treinamento adequado no diagnóstico e tratamento de patologias da coluna vertebral.
Ele dispõe de materiais e equipamentos modernos que tornam o seu trabalho cada vez mais eficiente. Um exemplo é o microscópio cirúrgico. Possibilita as chamadas microcirurgias, que são operações extremamente precisas.
Um resultado cirúrgico satisfatório ocorre quando se utiliza uma técnica cirúrgica mais fina e meticulosa.
Uma vez que se decidiu pelo tratamento cirúrgico, as opções incluem:


Microcirurgia para hérnia de disco lombar

Quando se utiliza o microscópio cirúrgico, o procedimento é chamado de microcirurgia.
A microcirurgia possibilita incisões menores e recuperação mais rápida. Diminui o sangramento, o período de hospitalização e de recuperação.
Proporciona menor mobilização das estruturas nervosas minimizando a reação inflamatória. Atualmente é considerada a melhor opção.

Laminectomia tradicional para hérnia de disco lombar

A laminectomia tradicional é um procedimento semelhante, porém realizada a olho nu. Com a evolução dos microscópios cirúrgicos a laminectomia a olho nu atualmente é considerada obsoleta e pouco segura. Quando o cirurgião utiliza lupas, o procedimento ganha um pouco em precisão e segurança, mas mesmo assim fica muito distante do que os microscópios oferecem.

Cirurgia a laser

Os pioneiros na aplicação desta técnica em seres humanos foram ASHER E CHOY em fevereiro de 1986 na Universidade de Graz na Áustria. Tem como princípio de tratamento, diminuir a pressão intra-discal com os raios laser. Este vaporiza o núcleo pulposo, reduz o volume intra-discal e conseqüentemente a pressão intra-discal, aliviando a pressão sobre a raiz nervosa.

Rizotomias por radiofrequência para hérnia de disco lombar

Diferentemente das infiltrações de analgésicos e anti-inflamatórios citadas acima, nas rizotomias por radiofrequência o médico cauteriza pequenos nervos que se localizam nas articulações da coluna através de agulhas inseridas em pontos estratégicos. Trata-se de um procedimento simples e seguro que pode trazer grande alívio para alguns pacientes selecionados pelo neurocirurgião, principalmente aqueles que apresentam dor lombar intensa. Em geral é realizado com o paciente internado por um período curto de 24 horas. O alívio é imediato.

Artrodeses ou fusões para hérnia de disco lombar

Artrodeses ou fusões são fixações da coluna por meio de parafusos e outros materiais, geralmente metálicos (titânio). Têm como objetivo estabilizar a coluna quando o paciente apresenta problemas de desalinhamento ou perda de firmeza nas vértebras, articulações ou ligamentos.
 
Apresentou enorme evolução nos últimos anos com o desenvolvimento de equipamentos sofisticados e uso de materiais nobres como o titânio. Quando bem empregadas as artrodeses apresentam o tratamento ideal para um grupo restrito de pacientes. Porém, na grande maioria das cirurgias de coluna lombar não traz nenhuma vantagem.

Conclusão

Diante de um problema de dor lombar ou hérnia de disco existem hoje diversas soluções. Recomendamos que você converse com seu médico para a escolha da melhor alternativa para o seu caso.
É bom lembrar que os tratamentos variam bastante de paciente para paciente, por isso a experiência do neurocirurgião é fundamental para definir qual a melhor estratégia de tratamento. O objetivo é fazer você retornar às suas atividades habituais solucionando seu problema da melhor forma possível.
Cerca de 80% dos pacientes com hérnia de disco aguda vão melhorar sem intervenção cirúrgica; entretanto, quando houver uma indicação médica definida, não se deve adiar.
Após a cirurgia o paciente é capaz de voltar ao trabalho em cerca de duas a seis semanas.Sendo que é fundamental a FISIOTERAPIA para a total reabilitação do paciente e deve ser iniciada, em geral, uma semana após a intervenção cirúgica.





   































































































Dor Lombar

Dor Lombar: O mal do século


A organização Mundial de Saúde (OMS) estima que aproximadamente 80% dos adultos sofrerão pelo menos uma crise aguda de dor nas costas (lombalgia aguda) durante sua vida, e que 90% dessas pessoas apresentam dores crônicas.


Má postura: A vilã das dores na coluna

Má postura e dor nas costas, estão vinculadas à lesões da coluna vertebral. Dependendo da região, localização ou gravidade e da compressão do nervo é que será definido o tipo de irradiação, que pode atingir uma área contínua ou parcial.
 Além da dor irradiada, existem casos onde a dor ocorre apenas no local da lesão. Algumas situações do dia-a-dia no trabalho ou em casa contribuem para o aparecimento das lesões na coluna vertebral ou nos discos inter-vertebrais: escorregar enquanto caminha; um objeto vai cair ao chão e abruptamente tenta-se pegá-lo; levantar uma carga em local inacessível; suportar peso com o corpo; pegar ou manusear, cargas mais pesadas dobrando o tronco para frente, ou dobrar o tronco lateralmente ou torcer o tronco para um lado; pegar ou manusear objetos pesados longe do corpo; pegar ou manusear cargas muito altas ou muito baixas, esticando os braços.
As doenças de um modo geral não acontecem da noite para o dia, elas são cumulativas e progressivas. Certamente, todos os dias as pessoas realizam alguma atividade que pode prejudicar a coluna.
A seguir algumas situações que contribuem para o aparecimento das lesões dos anéis fibrosos e consequentemente  dos discos inter-vertebrais e o surgimento de dor na costa em consequência da má postura.

Ilustrações de má postura que podem causar dor na costa e lesões


Má postura: sentar com os joelhos muito próximos do tórax
Má postura: sentar com os joelhos muito próximos do tórax

Má postura: sentar com a coluna torta
Má postura: sentar com a coluna torta

Má postura: sentar apoiando na mesa
Má postura: sentar apoiando na mesa

Má postura: mesa, pia, tanque muito baixos
Má postura: mesa, pia, tanque muito baixos, aumento da lordose lombar

Má postura: Levantar peso sem dobrar joelhos
Má postura: Levantar peso sem dobrar joelhos

Outras situações de má postura que podem causar dor na costa e lesões na Coluna Vertebral


Má postura ao dirigir
Má postura ao dirigir

Má postura: aumento da cifose dorsal
Má postura: aumento da cifose dorsal

Má postura: aumento da lordose lombar
Má postura: aumento da lordose lombar

Má postura: arquear a região lombar
Má postura: arquear a região lombar

 As crises de dores nas costas são as causas mais comum de faltas ao trabalho nos países desenvolvidos, provocando, além do problema médico, também um problema econômico.
As dores nas costas geralmente são associadas às atividades diárias, como períodos longos na mesma posição, posturas inadequadas, movimentos repetitivos, falta de ergonomia no ambiente de trabalho e tudo isso somado ao sedentarismo, é inevitável não sentirmos dores. 
A dor nas costas pode ser decorrente da lesão de estruturas específicas da coluna. Abaixo citamos algumas estruturas da coluna que quando lesadas provocam dor:
  1. Hérnia de disco
  2. Dor Sacroilíaca
  3. Síndrome facetária
  4. Síndrome do Piriforme
  5. Discopatia degenerativa
  6. Espondilodiscoartrose
  7. Escoliose
  8. Hipercifose e Hiperlordose
  9. Contratura e estiramento muscular
  10. Tensão muscular
Atenção para a má postura
Atenção para a má postura

Assim, todas as vezes que se aumenta ou elimina as curvaturas fisiológicas da coluna estão dadas as condições para o aparecimento da dor nas costas. A dor pode ou não ser associada a uma lesão no disco, pois quando não ocorre uma lesão no disco pode estar havendo apenas uma contratura muscular.
Por isso, ATENÇÃO com: carga longe do corpo; carga muito baixa, carga elevada; movimentação freqüente de carga; carga com pega ruim (mala sem alça).
Boa técnica para lidar com peso: sempre perto do corpo; elevadas à 75 cm do piso; pequenas distâncias a percorrer; pesos leves; ocasionalmente; simetricamente e sem rotação do tronco; com uma pega adequada.
  • Não há problema em manipularmos cargas (desde que sejam observados os cuidados com a coluna);
  • Peças que possam ser pegas com apenas uma das mãos no interior de caixas ou caçambas, deve-se apoiar um dos braços na borda da caçamba e levantar com o outro.

Tratamento para dor na costa consequente de má postura

Um repouso limitado combinado com atividade física e educação apropriados constitui-se, em geral, na forma primaria de terapia para este problema. Além disso, poderão ser incluídos medicamentos anti inflamatórios, analgésicos, relaxantes musculares ou antidepressivos.Lembrando que qualquer medicamento deve ser prescrito por um médico 
A dor nas costas aguda, em geral desaparece por si própria, após dias ou semanas. Uma bolsa de gelo ou de água quente aplicada sobre as costas também pode ajudar a aliviar a dor. Permanecer na cama durante um período prolongado não traz benefícios, pois debilita a musculatura.
Orientações posturais e de atividade diárias

São compreendidas por formas corretas de realizar atividades físicas e são importantes para todas as pessoas, principalmente para as que sofrem de processos dolorosos e má postura global.Temos:
  1. Postura para dormir
  1. Postura para sentar
  1. Postura diante do computador
  1. Varrer, passar roupa, ...
  1. Uso de celulares e tablets
  1. Carregando pesos
  1. Uso de mochila escolar


Prevenção de dor nas costas e má postura

Para evitar episódios recorrentes de dor na costa, recomenda-se que se faça atividade física regular, exercícios de alongamento antes de começar qualquer esporte, abandonar o cigarro, perder peso, manter uma postura correta, utilizar assentos cômodos, dormir de lado com os joelhos flexionados ou com as costas sobre um travesseiro e os joelhos dobrados, evitar permanecer numa mesma postura por tempo prolongado e reduzir o estresse emocional que provoca tensão muscular.




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